22.3.12

VOLTANDO PARA MIAMI E ME PERDENDO DO GILSON

13.março.2012 
a) Rosane resolveu vir de última hora e iria chegar no voo das 16 h em Miami, e a gente precisava estar lá para pegá-la no aeroporto. Nem o nome do hotel ela sabia. Esse aperto no horário nos obrigou a sair de Cleawater ainda escuro, por volta das 6 h da matina, porque tínhamos 400 milhas para percorrer numa velocidade das mais lentas.
b) Pelos arredores de Tampa passamos por um cruzamento de 3 pistas na rodovia e o GPS só me avisou em cima da hora que era para pegar a pista do meio. Dei seta e entrei. O Gilson vinha atrás (sem GPS) e não conseguiu mudar de faixa, por causa de um carro que trafegava na lateral esquerda dele, que estava entrando para a direita. Eu fui para um lado e ele para outro. Nos perdemos no meio de um trânsito surpreendentemente pesado para aquele horário. Tive que andar 6 milhas para pegar o primeiro retorno. Na volta, outros cruzamentos e nada de encontrar o amigo. Refiz o caminho até Clearwater, mas demorei a perceber que o GPS estava mostrando uma rota diferente da que havíamos passado. Caraca, Gilson não fala uma palavra de inglês. Sem GPS, sem celular, sem mapa, como é que ele iria encontrar o caminho para Miami? As rodovias americanas são uma loucura em termos de cruzamentos, saídas, viadutos passando por cima e pelos lados. As placas só sinalizam locais próximos e não apontam as cidades mais distantes. 
c) Liguei para o 911, mas não entendi o que a policial tentava me explicar. Encontraram uma atendente que falava espanhol e me ela me disse que a polícia não poderia fazer nada a menos que o próprio Gilson "se declarasse perdido". E agora? O que fazer? Resolvi seguir para Miami pelo percurso que achei mais lógico. Cerca de 4 horas depois meu celular toca. Era o Gilson. Que alívio! 
d) Vejam como uma pessoa madura e tranquila age numa situação dessas. Pelo caminho, Gilson viu uma loja da Best Buy, em Tampa, entrou, comprou um GPS (com 15 minutos de carga), um mapa e um telefone pré-pago. Viu o mapa, me ligou dizendo que estava bem e que iria sozinho para Miami. Vez por outra ligava o GPS para tirar qualquer dúvida que surgisse, aproveitando a carga mínima do aparelho. No frigir dos ovos, Gilson chegou ao hotel em Miami 20 minutos depois de mim. Este cabra é o meu guru! Não existe aperto que abale sua tranquilidade. Ele ainda aproveitou para dar um pulo à praia de Fort Lauderdale para tirar umas fotos. Rosane chegou com 1 hora de atraso e aproveitamos a noite para jantar num local bastante agradável da Collins Avenue.



 (Fort Lauderdale)
 (Flávio e Rosane, em Miami)
(Em Miami)


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